Agosto Verde Claro: como a Cannabis medicinal pode ajudar na qualidade de vida de pacientes com linfoma

Arte - Linfoma

O “Agosto Verde Claro” é uma campanha de conscientização dedicada a aumentar o conhecimento sobre o linfoma, um tipo de câncer que afeta o sistema linfático. No Brasil, os linfomas são a oitava forma mais comum de câncer, com incidência em torno de 6 pessoas a cada 100 mil habitantes, havendo leve predominância de homens em relação à incidência nas mulheres.

O linfoma é um câncer que se origina nos linfócitos, um tipo de célula sanguínea que faz parte do sistema imunológico. Existem dois principais tipos de linfoma: o Linfoma de Hodgkin (LH) e os Linfomas Não-Hodgkin (LNH). Cada tipo tem características distintas e subtipos que variam em agressividade e resposta ao tratamento.

Os sintomas do linfoma podem incluir:

✅ Inchaço indolor dos linfonodos

✅ Febre

✅ Suores noturnos

✅ Perda de peso inexplicável

✅ Fadiga

✅ Prurido

O linfoma de células do manto (LCM) é um tipo agressivo de linfoma não-Hodgkin que representa cerca de 5-8% dos casos.

O uso da Cannabis no manejo do linfoma apresenta um potencial terapêutico. Um estudo testou um análogo da Anandamida, um endocanabinóide, no LCM. O tratamento reduziu significativamente o tamanho do tumor e a taxa de crescimento das células cancerosas. Os resultados sugerem que terapias que utilizam ligantes de receptores canabinoides (como a Cannabis medicinal) podem ser eficazes na redução da carga tumoral em linfomas malignos.

Além disso, os canabinoides podem ajudar no alívio de sintomas. O Tetrahidrocanabinol (THC) e o Canabidiol (CBD) têm demonstrado eficácia na redução da dor crônica e neuropática. Outro benefício é no auxílio do tratamento. A quimioterapia, um tratamento comum para linfoma, pode causar náuseas e vômitos severos. Estudos indicam que o THC pode ser eficaz na redução desses sintomas, melhorando a tolerância ao tratamento.

➡ Apesar dos benefícios potenciais, é crucial que o uso da Cannabis medicinal seja supervisionado por profissionais de saúde habilitados em terapia canabinoide, considerando as possíveis interações medicamentosas e efeitos adversos.

Referência: GOV.BR | doi: 10.1016/j.semcancer.2011.10.004. | doi: 10.1016/j.jpainsymman.2009.06.008

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